Dia desses voltei a lembrar, saudoso, do programa de rádio, aqui em Santa Cruz do Sul, o “Conexão Ufo” – criado pelo Rafael “Bala” Amorim e pelo querido Xuxu, que já atuava na emissora – a Rádio Comunitária, FM 105,9MHz.
Várias pessoas participaram da empreitada ao longo da trajetória do programa, sempre capitaneada pelo Rafa. Lembro aqui do Alexandre Fox, que, com sua ponderação característica, dava um lastro técnico ao programa, além de emprestar sua indignação opinativa em relação, por exemplo, aos descalabros em nossa República das Bananas.
No programa, eu fazia alguns comentários, ao estilo desses mails que envio para lista – e posto no blog “Alerta Ufo Brasil”. Aliás, o blog é consequência da minha impossibilidade de continuar no programa, hoje, lamentavelmente, em hibernação. Pois acabei criando o espaço na web para continuar com minhas xaropadas.
Bom, lembrei do “Conexão” porque fiz uma limpa em minhas pastas de clipagens, que usava como mote às minhas “intervenções” no programa. Ao longo de cerca de três/quatro anos, “juntei” umas dez pastas bem cheias de recortes de jornal, páginas de revistas, folhas impressas de matérias tiradas da internet e anotações sobre uma variedade de assuntos. Me dei conta do quanto era diversificada e rica a nossa (do grupo todo) “abordagem ufológica” no Conexão, onde falávamos até de...SAMBA!
Lá por março de 2009, trouxe uma matéria sobre uma composição do baiano, radicado no Rio de Janeiro, Assis Valente, chamada “E o mundo Não se Acabou”. Foi composta em 1938, mesmo ano em que Orson Welles causou pânico nos EUA ao veicular na forma de um radioteatro “A Guerra dos Mundos”, ficção aterrorizante de H.G. Wells, como ressaltava o jornalista Renato Mendonça (Segundo Caderno do jornal Zero Hora, de 10/03/2009).
Usei a matéria para falarmos MAIS UMA VEZ sobre profecias e outras fajutagens apocalípticas... A letra se refere a um rapaz, que acaba, por conta de que “anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar”, se metendo em várias confusões, que ele terá de resolver, já que nenhuma catástrofe ocorreu e o planeta continuava em seu giro corriqueiro...
Obviamente que a canção é uma “tiração de sarro”. Já nos anos de 1930 pessoas suficientemente crédulas se apavoravam com vaticínios de profetas do Armagedom.
No campo da ufologia temos vários exemplos desses tipos de pregadores – alguns apenas cômicos, alguns outros, trágicos, por conta de morte de pessoas, caso de suicídios coletivos, à espera de resgate por discos voadores...
Mas voltando ao samba, muitos de nós conhecemos canções de Assis Valente. Ele é autor de “Cai, cai Balão” e Boas Festas (“Já faz tempo que eu pedi / Mas o meu Papai Noel não Vem...”). Abaixo, seguem a letra e o samba na interpretação de Carmen Miranda, que gravou outras composições do mesmo autor (vale também pelo vídeo, que traz trechos de vários musicais da rapariga das frutas tropicais na cabeça).
Até!
Iuri Azeredo